sexta-feira, 19 de março de 2010

Teu Tempo


Teu Tempo

Onde jogas teu tempo,
Que não podes parar para ler
Pinceladas poéticas ou romances
Com pitadas de humor?

Onde jogas teu tempo,
Que não buscas abrir as janelas dos sonhos,
Não arejas os porões das lembranças,
Dessas lembranças, carregadas de afetos?

Onde jogas teu tempo,
Que não buscas colher flores,
Inspirar novos odores,
Acariciando a suavidade das pétalas?

Onde jogas teu tempo,
Que não experimentas novos sabores,
Vivenciando novas cores, texturas,
Opiniões, movimentos?

Onde jogas teu tempo,
Que não corres pela areia macia,


Não te sentas ao chão de uma colina verdejante,
Para banhar-te de sol?

Onde jogas teu tempo,
Que não buscas olhar as estrelas,
Que não saes a bailar sob um guarda-chuva,
E, nem presta atenção na música que está a tocar?

Onde jogas teu tempo,
Que não consegues se quer tocar tua própria face,
Em tempo de descobrir que o teu bem mais precioso,
É o teu próprio ser?

Onde tens jogado o teu tempo
Tem dado tempo,
De ser você?

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