terça-feira, 9 de março de 2010

Cores de um mesmo dia




Sobre a grama escassa e amarelada,
Teimavam em deitarem-se, as secas folhas,
Que se desprendiam das copas quase desnudas
Das altas árvores...
Ventava um pouco, o que as empurrava
Num suave bailado e levantando as mais secas,
Que repousavam, criava-se um espetáculo,
À medida que o vento se intensificava...

Como podem as pessoas passarem apressadas
Sem sequer notar a grandiosidade da cena?
Como estão todos tão insensíveis?
Será que só eu ainda aprecio estes momentos incríveis?

A poeira que da terra levantava
Dando ao ar um colorido especial,
O fechar do tempo pelas nuvens carregadas no céu,
Vinham trazendo o frescor da terra molhada,
Até que os primeiros respingos das águas,
Começaram a dançar ao léu...
Em questão de segundos a chuva estava formada,
A água límpida encharcava a calçada,
Molhava a terra e escorria pelos galhos
Das nuas árvores que se entorpeciam, extasiadas...

O dia ficou azulado
E foi ganhando tom sobre tom
Até anoitecer...
As árvores que à tarde eram douradas,
À noite ficaram prateadas
E só eu é que pude ver?

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