quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Do meu álbum Quintana:

Conheci o poeta
Sentado ao lado de sua cama
De meias e sem sapatos...
Da cadeira deu-me um sorriso
E o livro pé-de-pilão autografado.
Isto deve ter sido,
Lá por volta de 1973 ou 74
Na casa de sua irmã Marieta,
Na rua dos Andradas,
Quase esquina com a gal. Sampaio,
Rua aonde então, eu morava.

Dona Marieta, 
Mãe de Celso leães que era casado 
Com uma irmã de minha mãe...
Portanto Mario Quintana era
Tio-avô de meus primos...

E as poucas vezes que ele ia 
Ao Alegrete, nós o visitávamos.

Na casa da Dona Marieta e seu Átilla,
Onde se hospedava, 
Era recebido com sua sobremesa preferida,
Pudim de queijo... E como eu poderia esquecer?
Nesta casa havia um velho e grande papagaio
Chamado Kubitschek, que dizia muito palavrão...
Ah, naqueles tempos, era hilário! 

                                                      E S Friedrich


Todo o poeta
possuí um jardim,
Mario Quintana 
tinha uma praça...



                E S Friedrich


Machado entrou em mim,
as bordoadas;
Drummond deixou encantos,
Pessoa e Casimiro enraizaram-se,
Castro Alves me comoveu;
Lygia, Lia, Cecília e Clarice deixaram espectros,
mas foi Quintana, este sim, me arrebatou...
É com Quintana
que eu vou; tirando um sarro da própria vida.

E S Friedrich








                     E S Friedrich




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