terça-feira, 10 de maio de 2016

Eu e minha mãe...
Mamãe sempre tem flores sobre a mesa,
Que busca em nosso jardim...
A porta da frente mantém sempre aberta,
Como se a rua fosse uma extensão da própria casa.
O café preto sobre a mesa da cozinha
E o chimarrão nas tardes de domingo...
Escreve em seu caderno de rabisco
E seu rosto se ilumina quando riscos viram poesias...
Minha mãe carrega no olhar a expressividade
Das angustias, das desilusões da vida...
Mas ri contando suas paixões, cantarolando lindas cantigas,
E ainda que desiludida, torce pela vida dos outros e dos seus...
Mamãe é assim, um poço de insegurança,
Mas se pesarmos na balança,
Equilibra-se na vontade de viver...
Faz planos, mil projetos,
Mas acaba sendo concreto, seu mundo...
Do qual faço parte, eu, seu filho do meio.
Eu a observo, sou seu eterno fã,
Minha mãe, meu talismã...
Que enche de sol minha vida.
Minha mãe é uma boa pessoa,
Confusa, desajeitada,
Mas nos abraçamos, rimos e choramos,
E ainda encontramos tempo para boas gargalhadas...
Eliane Sgária Friedrich

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