A noite e o poeta
Que a noite seja só um poema
que dorme nas mãos do poeta
e que nos seus pensamentos ingênuos e doces
alvoreçam estrelas,
Astros, sóis, poeira estelar;
Como pedir para um poeta não sonhar?
Dorme debruçado sobre o tinteiro e o papel;
Dorme contando, talvez,
os fótons da própria pulsação da sua aura iluminada...
Dorme com sua própria canção
que lhe embala...
Como não se encantar, com tal magia?
O poeta enquanto dorme,
é todo revelação;
É alquimia sagrada,
Um poeta pertence a tudo sem pertencer a nada.
Dorme o poeta e deixa a noite escancarada...
Assim, como um poema ainda não lido
à noite aguarda o poeta...
Dormir sobre a escrivaninha,
não é descaso, é sua meta...
É no sono sob o luar da janela entre aberta,
que a noite encontra-se, por fim, com o seu poeta.
Eliane Sgária Friedrich
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