Eu enlouqueço todos os dias,
entre o varal e a cozinha,
repetindo o teu nome...
Entre o cheiro da comida queimada e dos temperos pela tábua espalhados,
posso sentir tua presença... quase o teu domínio...
Tudo é para ti e para ti também, a minha vida,
que só consegue estar comigo, entremeios;
Onde estarei eu, se a comida não queimar,
se eu não sair e entrar pela porta da cozinha; eu não existo...
Silencia-me estar a tua total disposição;
E o meu mundo mudo,
fixado em páginas, palavras por palavras,
se pergunta, teria eu, existido ou não?
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